a)Há algum tempo, escrevi sobre irmãs xipófagas unidas de uma forma não usual. Recentemente descobri que elas não foram as únicas. Neste livro "Contos de Fadas para Adultos" (escrito por "Jean Qui Rit"(João Risonho?) e ilustrado belamente por Artur Scheiner, há uma bela imagem de irmãs que passaram por drama similar.
Procurei rapidamente por informações do livro ou do autor pelo Google, mas não achei nada. Se aparecer alguma boa alma gentil com informações, avise nos comentários. As únicas coisas que temos são algumas imagens escaneadas no FLICKR.
b)Um bom tumbrl de imagens em preto e branco: o Wie Tentakeln. Prepare-se para algumas imagens perturbadoras.
c) Bilal e o Boxe-Xadrez
Trecho de artigo de Claudio Martini no Terra Magazine sobre Enki Bilal:
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Enki Bilal nasceu em 1951, em Belgrado, Sérvia - a antiga Iugoslávia. Mudou-se com a família para Paris, ainda criança. Após uma passagem rápida pela Escola de Belas Artes, com 14 anos, foi incentivado pelo genial Renné Goscinny (então diretor da Pilote, importante revista francesa de HQ da época) a enveredar pelo caminho das histórias em quadrinhos. Começando com a publicação de ilustrações e histórias curtas na mesma revista alguns anos depois, o desenho de Bilal surpreende já em seu início de carreira. Desenhos em preto e branco, minuciosamente trabalhados, com hachuras criando volumes e sombras, ainda com influência de mestres como Enric Sió e Sergio Toppi, mas buscando seu caminho com muito talento.
Do encontro com o roteirista Pierre Christin, começou a surgir uma série de histórias que mesclavam a política, o realismo fantástico e a ficção científica: La Croisière des Oubliés (O Cruzeiro dos Esquecidos), Le Vaisseau de Pierre (A Nave de Pedra), La Ville Qui n'Existait Pas (A Cidade que Não Existia), Les Phalanges de l'Ordre Noir (As Falanges da Ordem Negra), Partie de Chasse (Partida de Caça). Histórias sombrias, acentuadas pelos desenhos que agora ganham cor, mas continuavam a ser realizados com a mesma técnica de bico-de-pena e nanquim. Os dois últimos são aclamados na França e recebem diversos prêmios.
É com a obra solo La Foire Aux Immortels (1980) que ele consolida sua fama. Este álbum foi o único editado no Brasil, em 1988, pela Martins Fontes, com o título de Os Imortais. Deuses egípcios extraterrestres, naves espaciais pirâmides, governantes fascistas. Talvez uma inspiração para o filme Stargate, de 1994. A política e ficção científica se encontram novamente nessa série de três livros, A Trilogia Nikopol, que seguiria com La Femme Piège (A Mulher Armadilha) e Froid Équateur (Frio Equador). Este último foi escolhido pela prestigiada revista Lire, como o melhor livro do ano em 1993 (entre todos os gêneros). "
A Feira dos Imortais é o mais interessante da Trilogia Nikopol. Quem puder, corra atrás do quadrinho. Esqueça o filme. As histórias com roteiro de Pierre Christin são também muito boas: são histórias políticas e adultas de uma forma rara de se ver em quadrinhos, tanto as mais realistas quanto as mais fantásticas...
Um resultado inesperado das histórias de Bilal foi a criação de um esporte bizarro: o Boxe-Xadrez, conforme vemos neste artigo de Pedro Cirne para o UOL Tablóide.
d)Ainda sobre esporte e quadrinhos, temos um texto do Marcus Ramone (Universo HQ) sobre Futebol e Quadrinhos que encontrei neste blogue.
Com relação ao livro "Contos de Fadas para Adultos":
ResponderExcluirParece que o Google encontra seus limites quando o assunto é mal explorado em inglês... Em sites europeus de venda de livros, entretanto, encontrei algumas breves descrições.
"Jean qui rit" era o pseudônimo de Arnim Schwarz (ou Armin). O livro foi republicado recentemente em alemão.
[SCHWARZ, ARMIN]
Caviar-Kalender 1896. Zehnter Jahrgang. Von Jean Qui Rit.
Budapest, Verlag von Gustav Grimm, [1896]. [21x15,5 cm]. 172, (4) pp. In publisher's original wrappers, with a risqué colored lithographed front cover by G. Sieben. Edges uncut. A few light spots along the fore-edge and margins of the covers, on a very few pages visible in margins. Minimal cornerloss on rear cover. The texts and verses (by Armand Sylvestre [1837-1901], Catulle Mendes [1841-1909], Arthur Bernede [1871-1937] and others) included in this issue are richly illustrated with drawings (mostly black & white) by G. Sieben, A. Prude and others. Jean qui rit (''Jean who laughs '') is the pseudonym of Armin Schwarz, editor of all 20 volumes of Caviar-Kalender (1887-1906). This spicy, satirical and profusely-illustrated publication was prohibited in Prussia and partly banned in Austria (Hayn-Gotendorf I, 581).
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ResponderExcluirCom relação ao ilustrador, encontrei uma única menção, no texto de uma exposição. Não tenho certeza que seja ele... mas vou seguir minha intuição:
ResponderExcluirArtuš Scheiner was born in Benešov near Prague on 29. 10. 1863 in a family of a lawyer, after the graduation on the technical secondary school in Prague he worked as a revenue commissioner of the national revenue office. After 1895 he went into the premature retirement and devoted himself to graphic and illustrative work solely. He was a member of the Association of Artists Mánes and since 1903 the treasurer of this association.
He began to perform as a draughtsman of social current events and of artworks and drawings with humoristic accent for the pictorial periodical Svitozor of the publisher Vilímek, for the journal Národní listy, and contributed into the magazines Paleeek, Švanda dudák as well as Zlatá Praha. In the time period 1891 until 1906, he worked together with the Berlin based magazine Lustige Blätter.
Since 1902, he specialized almost exclusively in fairy tale illustrations. The bibliography of the fairy tale books, which he provided with his accompanying watercolours and drawings, which was set up on the occasion of his seventieth anniversary in the year 1933, counted 94 published publications at that time. In the year 1933, there was organized an exhibition of his original works and books, which he illustrated, in the library of the capital Prague.
He died on 20. 12. 1938 in Prague.