sexta-feira, 26 de junho de 2009

Telegrama

Desesperos, por Angeli e Todorov




A literatura pode muito. Ela pode nos estender a mão quando estamos profundamente deprimidos, nos tornar ainda mais próximos de outros seres humanos que nos cercam, nos fazer compreender melhor o mundo e nos ajudar a viver. Não que ela seja, antes de tudo, uma técnica de cuidado com a alma; porém, revelação do mundo, ela pode também em seu percurso, nos transformar a cada um de nós a partir de dentro. (...) O leitor comum, que continua a procurar nas obras que lê aquilo que pode dar sentido à sua vida, tem razão contra professores, críticos e escritores que lhe dizem que a literatura só fala de si mesma ou que apenas pode ensinar o desespero. Se esse leitor não tivesse razão, a literatura estaria condenada a desaparecer num curto prazo.

A Literatura em Perigo, Tzvetan Todorov

Onirogrito




memento mori

(Vivia entre Chico, Arrigo, Pink Floyd, Zeppelin e Dead Kennedys. Nunca fui seu fã, nem nunca tive um disco dele, ou baixei um mp3. Natural então que minhas primeiras lembranças diante da menção de sua morte não fossem de suas músicas que, por um estalo, passaram a tocar ininterruptamente no rádio, TV e, provavelmente, nos fones de MP3. Foi um documentário que assisti na TV a cabo. O assunto não era ele. O apresentador deste programa conviveria com grupos extremistas raciais (brancos) da África do Sul, Estados Unidos e outros lugares. O desenrolar era tenso: o repórter continha as suas perguntas para evitar que o convívio se encerrasse antes de se obter minutos suficientes de filmagem e, ao mesmo tempo, debater às claras, para que, afinal, houvesse motivo para acompanhar o programa.

Numa família de africânders (eles viviam em uma fazenda), o apresentador mantinha um diálogo relativamente amigável, observando álbuns de fotos, retratos, relembrando histórias antigas do apartheid. Em determinado momento, o repórter descobriu em meio à coleção de discos de vinil, um do Jackson Five. E aí, a coisa toda degringolou, porque o homem branco não queria ver paradoxo entre ser racista e acreditar na superioridade da raça branca e apreciar a música negra daqueles moleques. Mas lá estava o paradoxo, sob a vitrola na casa-grande.


Hoje, sei que encerrar assim será clichê. Tenho certeza que mais alguém terá esta ideia... Entretanto, continuará sendo uma verdade, para todos nós: We´ll be there. )

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Telegrama

uma trilha para kripton



O sol
há de brilhar mais uma vez
A luz
há de chegar aos corações
Do mal
será queimada a semente
O amor
será eterno novamente

É o Juízo Final,
a história do bem e do mal

Quero ter olhos pra ver,
a maldade desaparecer

O amor
será eterno novamente

Juízo Final, de Nelson Cavaquinho

(vem aí Portal Stalker)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Telegrama1

Vem aí Portal Stalker



Romance em Angra
(Língua de Trapo)


Recordo com saudades
De quando tinhas cabelo, meu amor
Teus olhos ‘inda eram abertos
E até tinham cor
Nos teus braços não havia crateras
Como as que hoje vejo
Tuas pernas ‘inda eram inteiras
E me davam desejo
Recordo que podias ouvir
Meus mais ternos sussurros de amor
E tinhas a capacidade
De sentir meu perfume, minha flor
E hoje, tu andas corcunda
E já não tens mais nem aquela…saúde
Tua pele, coberta de escamas,
Realmente não é um convite pra cama
O nosso amor foi arrasado
Depois que o reator foi instalado
E nesse pesadelo nuclear
Na mais torpe aflição
Passo o tempo a suplicar:
Não explode coração!

Telegrama2




Stalker, dirigido por Andrei Tarkovsky foi lançado em 1979. O filme conta a história de dois homens guiados por um terceiro (o tal “Stalker”[1]) para o interior de uma Zona proibida, fechada pelo governo e de acesso controlado por militares. A região foi isolada e suspeita-se da presença de alienígenas. Existe a necessidade de um “Stalker” para levar os dois homens ao interior da Zona: eles conheceriam as manhas para conseguir vencer os obstáculos e armadilhas dispostas pelo caminho. Não quero falar muito sobre o filme, entretanto. Apenas um fato me interessa e este não está na película ou na história. O técnico de som (não estou certo se esta é a tradução mais adequada) Vladimir Sharun acredita que as mortes por câncer de Tarkovsky, sua esposa Larissa e do ator Anatoly Solonitsyn se deveram à contaminação por toxinas no local da filmagem [2]. Próximo a usina hidrelétrica onde se realizaram muitas das tomadas havia uma indústria química que despejava resíduos e expelia poluição. Segundo Sharun, as cenas de precipitação de neve durante o verão e de espuma flutuando na superfície do rio são amostras do veneno a que ficaram expostos.


Sete anos mais tarde, em uma noite da primavera de 1986, uma explosão seguida de incêndio destruiu parte de uma usina nuclear em Chernobyl. Removeram milhares de pessoas das regiões mais próximas ao acidente. Mas o número exato de pessoas mortas ou afetadas pela radiação permanece uma incógnita. Os cálculos do governo russo estimam por “baixo”, desconsiderando muitos dos atingidos indiretos, como bombeiros, “voluntários” para limpeza dos destroços e outras pessoas que passaram pela região. Sabe-se que a quantidade de radiação espalhada foi de 100 a 300 vezes a disseminada pela explosão de Hiroshima. É muito, mas talvez não tanto quanto às centenas de testes nucleares realizados rotineiramente pelas superpotências durante a Guerra Fria.


(Assisti a um documentário com imagens de trabalhadores na perigosíssima e mortal operação de reparos e contenção dos danos realizada nos meses seguintes a explosão. Fizeram uma estimativa de quanto tempo uma pessoa poderia ficar próxima aos escombros altamente radiativos. Impressiona ver os homens correndo para trabalhar por quinze segundos antes de repassar a tarefa para o próximo suicida, que também corre, como num revezamento mortal.)


Tal como no filme, isolaram a área do incidente. Um círculo de trinta quilômetros ao redor da usina é conhecido como “Zona de Exclusão” (Já encontrei o termo Zona de Alienação, que deve ser uma má tradução, mas me pareceu apropriada). A região se tornou o maior depósito de lixo nuclear a céu aberto do mundo. Uma floresta de pinheiros morreu em alguns dias depois da explosão e não pôde ser queimada: a fumaça teria sido radiativa. O círculo de dez quilômetros ao redor da usina é tão radioativo que veículos que adentrem a esta área não podem mais retornar. Parece que os funcionários que precisam vistoriar as cercanias das ruínas chamam a si mesmos de “Stalkers”.


Eu não sou o primeiro a notar estas semelhanças. Já criaram um videogame chamado S.T.A.L.K.E.R, the Shadow of Chernobyl, que desenvolve seu enredo sobre estas linhas. Nunca o joguei, entretanto. Apenas o descobri durante as pesquisas para escrever este post sobre relações entre cinema, radiação e gente que se envenena por motivos profissionais.


* * *

[1]palavra que significa “perseguidor” pelo tradutor do google, mas que um bom e velho dicionário prefere “ato de espreitar durante a caça”, no sentido de aproximação furtiva.
[2]esta história remete à outra, sobre a morte do velho caubói John Wayne. Para um filme sobre Genghis Khan, The Conqueror (1956) foi usado como cenário um deserto próximo a uma região de testes atômicos. Anos mais tarde, assim como alguns atores e outros integrantes da equipe de filmagem, Wayne faleceu de câncer.

Achados


(Juan Gimenez)

a)As imagens dos "Telegramas":

Foram desenhadas por Tsutomu Nihei em ABARA, mangá que acabou de ser lançado pela Panini. A história não me agradou muito, pelo menos em sua primeira edição. Mas dos desenhos gostei. Tem bastante de H.R.Giger (o artista do Alien), um tempero acentuado de Phillip Druillet (quadrinista francês dos bons tempos da Heavy Metal), numa apresentação à la Katsushiro Otomo (Akira) com uma essência de Mignola (Mignola? Onde vi Mignola? Em uma conversa entre um crânio ciborgue e um esqueleto de pássaro. Me lembrou os diálogos com cara de "conversa-de-comadres" entre entes sobrenaturais de alguns trechos de Hellboy). Sua megalópole-favela impressiona.

Abara significa Costela em japonês e Abará é feito com a mesma massa que o acarajé, só que o primeiro é cozido, enquanto o tradicional acarajé é frito. Tsutomu é arquiteto e este foi meu primeiro contato com seu trabalho de traços nervosos e expressivos.

b)Juan Gimenez no Farrazine 11

-A infância molda o homem. No início dos anos 50, Juan Gimenez era um garoto que morava em Mar del Plata, ao sul de Buenos Aires. Entre seus amigos estava Cacho Fangio, filho daquele Fangio, campeão mundial de automobilismo. Não era incomum o pai visitar o filho em carrões suntuosos. Entre os garotos que frequentavam aquela turma, havia um que construía seus próprios carros de brinquedo ao invés de comprá-los numa loja. Este mesmo menino lhe mostrou pela primeira vez uma revista em quadrinhos: um número de Misterix. Máquinas e quadrinhos. Quem conheceu Juan Gimenez pela sua arte na Casta dos Metabarões, o grande épico-familiar-guerreiro-espacial escrito por Alejandro Jodorowsky sabe: um dos destaques de sua bela arte são as espaçonaves, as máquinas, os motores, os robôs, pesados, metálicos, consistentes. Para uma entrevista com Juan Gimenez, leia Farrazine 11 (no Issuu: aqui )

-Fora isto, dê uma olhada também neste post de Mainardi no Farrazine sobre o herói italiano do sobrenatural, Dylan Dog e os dois filmes a seu respeito.

-Tem também um texto meu sobre o Godzilla.

c)Encaixe-se

- O conto “pequeno infinito” foi criado graças ou por culpa do blog do Labirintos no Sotão que deu a deixa: a artista plástica Gina Dinucci criou um blog-jogo-projeto-coletivo (“encaixe” como lhe aprouver).
Funciona assim: Temas serão jogados no ar e quem pegar contribuirá com sua peça. Todas as linguagens serão bem vindas e irão formar um grande JOGO de ENCAIXE, sem perdedores, sem ganhadores. O próximo tema deverá encaixar-se ao tema anterior, formando assim um JOGO INFINITO.
O tema do primeiro encaixe-se é: INFINITO. Tem mais gente participando.
Conheça melhor a proposta acessando:
http://encaixe-se.blogspot.com/ ou envie a sua proposta para: ginad0711@yahoo.com.br

terça-feira, 9 de junho de 2009

el amor es importante, carajo.


(Pucca e Garu são protegidos comercialmente e qualquer engraçadinho que se meter conosco irá pagar caro por isto)



Para el anônimo



Começou pelos muros, em uma fonte atípica para os pichadores convencionais, aquela agressiva, pontiaguda e quase grega ou quase caco, mas tampouco era caligrafia arredondada e infantil, fofa que nem letra de menina. Eram letras quadradas, sem serifa, quase tijolos, quase janelas ou peças de dominó. A construção da mensagem era, entretanto, irrelevante. No fundo, precisávamos deste chamado às armas: o amor é importante, porra!

As pessoas liam de dentro de seus veículos presos nos engarrafamentos, ou pelas janelas dos coletivos e despertavam do torpor. Lembravam-se. Tiraram fotos com celulares ou anotavam às margens dos livros psicografados. Comentaram pelas mesas dos bares e pontos descolados em meio a copos de chope e latas de redbull, acendendo cigarros de nicotina ou de maconha, escreviam o texto em bilhetinhos, email, torpedos trocados durante a aula ou o serviço: o amor é importante, porra!

Deu num blog, depois num site até chegar ao jornal de domingo. Nas rodas de amigos, gays, lésbicas, simpatizantes ou não, era o que se dizia, era o que se prometia. Todos desconheciam o responsável pela mensagem anônima. Supunha-se alguém nervoso, alguém que tomou um pé na bunda, alguém com raiva. Devia ser alguém com memória. Alguém que ainda se lembrava: o amor é importante, porra!

No dia dos namorados, foi noticia até no telejornal da meia-noite (não se fala “porra” cedo). A repórter corou um pouco, baixou os olhos, não se sabe se de raiva ou vergonha ou de saudade: acabara de se divorciar, deu nas revistas de fofoca. Mas quem a conhecia, sabia o porquê. Um argentino, um colombiano, ou um brasileiro metido a esperto, arriscou o portuñol e pichou em Buenos Aires ou Barcelona: El amor es importante, carajo!

Dali foi pro resto do mundo. Surgiram cartazes, camisetas e camisinhas, com os dizeres para quem quisesse ver. Comerciais de Coca Cola com belíssimos efeitos gráficos e computadorizados. Saiu na capa da Playboy sob a bunda da mulher do Big Brother. Comédia romântica produzida por Drew Barrymore. As meninas escreviam o mote sobre a foto dos meninos do High School Musical ou sob o desenho da Pucca nas capas de caderno: O amor é importante, porra!


Um ano depois, a polícia foi chamada. Encontraram uma cabeça dentro de um saco. Dentro da boca, envolta em um plástico delicado e sem digitais ou DNA, um envelope cor de rosa. Na carta, um pequeno recado em uma caligrafia estilizada de convite de casamento: O amor continua sendo importante.




(Feliz dia dos namorados)

























quinta-feira, 4 de junho de 2009

pequeno infinito




Sei que é uma forma bastante subjetiva de enxergar, mas qualquer coisa acima do que se possa contar já é um infinito. Portanto, para mim, que nunca consegui contar até 1000, 1000 é um infinito. Quando criança, me pediam para ir até cem, antes de começar a procurar os outros no esconde-esconde. Eu acelerava cada vez mais a contagem, enquanto escutava as risadinhas e os gemidos nas minhas costas, alguém reclamava e mandava que eu gritasse os números mais alto e eu gritava a sequência numérica, os olhos abertos fitando os braços, na esperança de pegar alguma sombra que revelasse os movimentos. Adrenalina no sangue, gritava Lá vou eu! Um dia, minha mãe me chamou antes de terminar a contagem. Já era noite, cheiro da janta no ar. Fui embora, não os avisei que a brincadeira terminara. Durante a madrugada, os pais bateram à porta de casa. Eram as mães preocupadas com os filhos que não voltaram para casa. Os dias passaram e eles nunca reapareceram. Acharam que era culpa minha e fico pensando se não foi. Tenho medo de um dia olhar debaixo da cama e encontrar um deles, preservado, ainda criança. Talvez isto ainda aconteça. Acho que eles estão lá escondidos, no infinito.

















Telegrama

as leis do ferro



“Meu amor, o mundo é enfadonho demais. Não há nada, nem telepatia, nem fantasmas, nem discos voadores, nada disso existe. O mundo é regido pelas leis do ferro-fundido, as leis do ferro-frio. É triste.

Infelizmente, estas leis são invioláveis, elas não sabem violar a si próprias.

Em resumo: não conte com discos voadores. Isto seria empolgante demais para ser verdadeiro.”


Diálogo extraído do filme Stalker(1979), de Andrei Tarkovsky


Vem aí Portal Stalker


Onirogrito

Panfleotário




1

Pã ou Pan, deus grego e fanho, protetor dos bosques, campos, rebanhos, pastores. Morava em grutas, vagava por vales e montanhas. Divertia-se com a caça ou tocando músicas para as ninfas: inventor da sírinx e do pandeiro. Feito Caipora e Curupira, era temido por quem atravessasse a mata durante a noite, ou pelos caçadores. Esta semelhança é justificada por a) uma evolução convergente; b) um misterioso laço de parentesco que só poderia ser explicado por atlantes ou deuses alienígenas antediluvianos; c) por uma memória arquetípica cromossômica. Caipora era um menino montado em um porco do mato. Pã tem algo de
trickster: menino travesso e animal perigoso na mesma criatura. O Curupira tinha pés invertidos: calcanhares voltados para frente, acompanhando os joelhos. Pã possuía patas de bode no lugar de pernas e, como tal, os joelhos dobravam para trás. O medo que provocava à noite deu origem a palavra Pânico. Segue Bulfinch: “Como o nome do deus significa tudo, considerou-se Pã símbolo do universo e personificação da natureza, e mais tarde, enfim, foi olhado como representante da todos os deuses e do próprio paganismo.” Tudo também significava medo, medo que significava tudo. Tudo dava medo ou se tinha medo de tudo ou tudo era medo?

Às vezes, o lado humano e o lado animal de Pã se dividem, como em Peter Pan, na qual o menino sai voando e os meninos selvagens seguem o garoto como bichos de estimação. Às vezes se sobressai, restando apenas a fera, como no caso da Pantera.

Otário: nós todos, os malandros e os otários, somos todos otários. Nome comum de uma espécie de foca preta, muito esperta e fofa, utilizada em espetáculos circenses para bater palmas e tocar musiquinhas em cornetas.

2

Um otário me disse que voltei panfleotário: me disse que não melhor nem pior ninguém para dizer como as coisas tinham ou precisavam ser.

3

Um otário me disse que a arte precisa ser como música: atingir os ouvidos e a alma e não precisar dizer nada.

4
Um otário me disse para falar apenas sobre aquilo que é inerte: aquilo que só serve para entreter.

5

Um otário me disse para ser escapista, mesmo sabendo que escapismo produz escapistas.

6

Um otário me disse para ficar quieto: o melhor efeito é não fazer efeito: que entre falar besteira e falar nada, melhor o nada.

7

Me falaram: a favela tem razão, não porque tenha razão, mas porque o que ela diz, vende.

8

Um otário me disse que harmonizar e puxar o saco é a mesma coisa

9
melhor não revelar o que Deus é

10

Um otário me disse que todos são otários por não gostarem daquilo que os otários gostam: é preciso aprender a consumir arte. Se não precisar aprender, então não é arte.

11

Estilo prescinde mensagem.

12



13

Nós queremos que o mundo acabe, mas não sabemos o que colocar no lugar dele.












quarta-feira, 3 de junho de 2009

Achados

Assinaturas



a) Um diploma desenhado pelo cartunista Saul Steinberg (1914-1999) para seus amigos Victor Civita e Silvana, sua esposa. Fonte: revista de ensaios "O Serrote" nº1, pág 67
. Sem data.
Aproveito para colocar uns links para os desenhos de Steinberg que são maravilhosos.


b) Em 1633, o prior (Superior de convento) de Loudun, Urbain Grandier, foi acusado de enfeitiçar as freiras locais e praticar magia negra. Entre seus papéis foi encontrada esta cópia do pacto com o Demo, e que se localiza "agora" (*) na Biblioteque Nationale em Paris. Escrito em latim, da direita para a esquerda, e assinado com sangue. Os co-signatários seriam demônios. Da esquerda para a direita e de cima para baixo: Lúcifer, Belzebu, Satã, Leviatã, Elimi e Baalberith.

(*)A fonte é de um livro de 1971, que saiu no Brasil pela Coleção Prisma, da Editora Melhoramentos, dedicado à "Magia Negra e Feitiçaria"