sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Achados


Alegoria sobre governar uma nação. Pieter van der Borcht, 1578

Via Monster Brains

b)William Adams, a vida real do inglês que inspirou Shogun, de James Clavell.

Pra quem não sabe/não lembra, o livro Shogun conta a história de um navegador inglês que vai parar no Japão do século XVI, em plena crise política. O livro é de meados da década de 70, foi um tremendo best-seller, virou série de TV e deu origem a um certo niponismo (ampliado na década de 80 por outros fatores). Bom, a história toda é baseada em eventos históricos. Pode ser uma boa leitura paralela, já que se aproxima o lançamento do filme Silêncio, do Scorcese.

c)Representação de doentes na história da arte, pela Beluga.



"A lepra, ou Hanseníase, por exemplo, era uma das doenças que mais se associava com pecado, com a condenação divina exactamente por causa das deformações que provocava. Desfigurava de tal forma quem dela padecia que de facto só podia ser um castigo divino por algum pecado cometido pelo doente ou pelos que lhe deram vida. Ficou retratada em algumas obras de arte (não muitas) e sempre da mesma forma: como se o doente tivesse sarampo. O primeiro deverá ter sido Job cuja doença Deus permitiu através de Satanás. Em algumas representações Job encontra-se a raspar as feridas e Satanás a respirara sobre ele, deixando assim a perceber a importância da teoria miasmática que defendia que os maus ares eram responsáveis pela propagação da doença e que vinha directamente das fontes médicas do Cristianismo primitivo: Hipócrates e Galeno. Este tipo de medicina era baseada na teoria dos humores do corpo humano, dos elementos, bem como dos mapas astrológicos. As doenças, esta e outras, eram curadas com ervas, cuja adequação dependia também dos elementos da própria; ou seja, era tudo pouco científico. Um dos episódios mais conhecidos é o do Imperador Constantino que padecia desta doença. Consultando os sábios, este disseram-lhe que o remédio estaria no banho em sangue de três mil inocentes, mil crianças. O Imperador não aceitou esse tipo de cura e acabou por ser curado por São Silvestre que lhe apareceu em sonhos. Esta terá sido uma das razões para a conversão de Constantino ao Cristianismo. A outra, digo eu, deverá ter sido os benefícios políticos que isso lhe trazia."