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segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Achados



1)Bestiários... pela Beluga

"O leão, como se sabe, é conhecido pela sua coragem. Dizia-se que os leões, não obstante serem animais corajosos, temiam o som das rodas a ranger, os incêndios, o fogo, mas também os galos brancos. Os cientistas - da Idade Média - diziam que os leões tinham três características principais: gostavam de explorar e vaguear pelas altas montanhas (desta forma o odor dos caçadores chegava mais rapidamente até eles e o desta forma eles podiam apagar o rasto das suas pegadas (patadas) com a cauda; quando dormem, os leões mantêm os olhos abertos e quando uma leoa dá à luz as suas 3 crias, todas elas estão mortas e permanecem mortas por três dias, até o pai, chegado no terceiro dia, respira para as suas faces e dando-lhes espírito e vida. Da mesma forma, Deus insuflou com vida Jesus Cristo morto, após três dias.

Os leões pequenos com juba encaracolada eram pacíficos, os maiores e com juba lisa eram mais ferozes... As relações entre leões e homens era também muito fantasiada: achava-se que os leões aceitavam e poupavam os proscritos; permitiam aos homens de outros reinos voltar para casa sem serem capturados, caçavam mais os homens que as mulheres e nunca comiam uma criança, a menos que tivessem fome. Os leões também nunca comiam demais: comiam e bebiam dia-sim dia-não e caso, algum leão mais guloso comesse demasiado, este leão levaria as patinhas à boca e extrairia a carninha. Ah... e eram esquisitos: não comiam sobras do dia anterior! Muitos animais ficavam paralizados pelo rugido do leão. Quando doentes, os leões procuravam comer macacos. é assim!"

Postagens de Beluga sobre os Bestiários Medievais...: AQUI,  e outra ALI, e também outra AQUI!

(Uma outra com as estranhas serpentes do Paraíso, AQUI. )


2)Animais e Mulheres por Manet.

(Outra da Beluga)

3)O Descobridor de Palavras, por Caio Silveira Ramos

O Caio insistiu muito e acabei fazendo algumas ilustrações pra esse conto dele pra um projeto que acabou sendo interrompido... Anos mais tarde, o conto foi publicado no Jornal de Piracicaba com ilustrações do Erasmo Spadotto. E o danado do Caio repostou as ilustrações no BLOG onde estão suas crônicas.










sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Onirogrito e Achados






Tenho dado pouca atenção ao blog, um pouco porque o "mercado do blog" faliu... Ao menos, é o que parece acontecer aqui. Já li que em alguns países, especialmente uns do Oriente Médio, como o Irã, eles ainda conseguem chamar a atenção... Mas fiquei sabendo que a coisa anda braba por lá também.

Todo mundo correu para o Facebook, mas mesmo no Facebook ando sem muita paciência. Mas quem quiser, pode me procurar por lá.

Eu não sei se lamento ou comemoro esse desenvolvimento dada a quantidade de bobões que sentem a necessidade de se pronunciar sobre qualquer coisa... ou de falsos especialistas, ou de reis dos clichês, ou das reis das piadinhas de 2 segundos e assim por diante.

Não me excluo desses bobões.

E, muitas vezes, eles nem são tão bobões assim. Mas é como jogar aviõezinhos de papel no vento e torcer para muita gente pegar e seguir adiante. Quem sabe assim chega na China? Ou na Finlândia?

* * *

A verdade é que a Internet tornou-se mais um meio de comunicação do que uma fonte de conteúdo. Teoricamente, os geradores de conteúdo - por sua raridade - se tornaram mais "valiosos". Não é bem verdade: a figura que desponta é a do "curador de conteúdo". Vejam o caso do sujeito que cobra entrada para acessar Grupos de Whatzap...

Faz sentido. Mesmo no mundo físico da economia, a regra diz que o intermediário - aquele que traz o produto para perto do consumidor - lucra muito mais que o produtor. Digo por mim mesmo: gosto de produzir minhas histórias, mas tenho pouco saco para lidar com o "resto".

Talvez a leitura mais indicada para entender o mundo internáutico seja o site do YouPix. Eles se reinventaram uns anos atrás e ficou bem mais maduro. Desconfio que a audiência reduziu, mas ficou bem melhor.

* * *

Existem uns poucos blogues que ainda consigo seguir mais ou menos bem. Um ou outro "tema livre" como o Mundo Fantasmo de Braúlio Tavares, mas a maioria gira ao redor de alguns temas, como o Belogue da Beluga... ou até o Mirante dos Infinitos do Caio Silveira Ramos.

Lembro de um livro da Indigo, O Colapso dos Bibelôs (Moderna), que imagina os efeitos de uma queda definitiva na rede. O design da edição é bem interessante, orientação paisagem, as páginas simulando um blog, etc. Em certo ponto da história, as pessoas desesperadas tentam substituir os blogues criaram uma espécie de painel de recados imenso no qual colavam qualquer coisa. A ideia é divertida, mas duvido que acontecesse algo assim.

A rede tem mais a ver com mundo externo do jeito que sempre foi... mas nunca ninguém percebeu ou escreveu a respeito porque não havia como "anotar".




Um outro motivo - na verdade, melhor  motivo- pelo qual tenho dado pouca atenção ao meu blog da Toca é que andei publicando uma série no finado (mas ainda disponível) blog coletivo Quotidianos, de Rober Pinheiro.

Lá criei várias pequenas histórias ao redor do personagem Zenon, o último ascensorista. Passe lá, nesse link. Depois de ler, desça até "posts mais antigos" para abrir as histórias anteriores.



Abs



PS1: Mas não cancelei o blog não. Só não esperem grande movimento. Vou continuar na minha, sem alardes. Até porque se "gritar mais alto não funciona", gritar sempre também não


PS2: Movimento tem no "Escritores de Segunda", onde copio e colo dicas e regras mensais sobre criação de histórias... É só uma pasta de recortes, então não espere muita organização


(A ilustração é de Fernando de Sousa Lima para um dos contos de Zenon).

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Achados




a)Mirante dos Infinitos,

Blog das crônicas de Caio Silveira Ramos, autor do grande Sambexplícito (Girafa), sobre a vida do sambista Germano Mathias.


b)Raymond Chandler

As obras policiais de Raymond Chandler ganham nova tradução de Braulio Tavares, que criou um blog (Caminhando com Phillip Marlowe) para falar do autor.


c)Brett Walker

Um puta fotógrafo. É dele a foto que "decora" o post. Descobri via Facebook.


d)Hiperconexões 2

Amanhã, 18 de outubro, lançamento do livro Hiperconexões: Realidade Expandida (vol 2), organizado por Luiz Bras, no Hussardos Clube Literário. Convite abaixo.





sexta-feira, 19 de outubro de 2012

o grito do sol sobre a cabeça




Convite:






Dia 20 de outubro, das 17h30 às 21h30, com som ao vivo de Cláudia Vaz e Celso Ribeiro, acontece o coquetel de lançamento de meu livro O grito do sol sobre a cabeça.
 
Inclui o conto vencedor do prêmio Hydra de 2012: (História com desenho e diálogo). O Concurso Hydra de Literatura Fantástica Brasileira, uma parceria entre a revista eletrônica norte-americana Orson Scott Card’s Intergalactic Medicine Show e o website brasileiro A Bandeira do Elephante e da Arara, visa expor o melhor da literatura fantástica brasileira para leitores em língua inglesa do mundo inteiro. 

O conto recebeu tradução para o inglês e foi publicado na revista eletrônica Orson Scott Card’s Intergalactic Medicine Show.

Além deste, o livro reúne boa parte de minha produção de contos.

 Apareçam!

Abaixo, o texto da orelha escrito por Caio Silveira Ramos (autor de “Sambexplícito – As vidas desvairadas de Germano Mathias”):



"
Prepare-se para morrer.

Brontops Baruq aponta para nossos olhos seu livro solo O grito do sol sobre a cabeça e não nos deixa nenhuma esperança. Seus contos ultrapassam a fronteira do imaginário e nos violentam com o real presente-passado- -futuropresente-futuropassado- -futurofuturo, desorganizando nossos labirintos e liberando dezenove minotauros famintos.

Talvez por isso, o crítico Marco Avinhão Minerdi tenha escrito: “(…) exceto pelo Baruq que evoca Spinoza – e os não deuses do autor são alimentados pela mão desse filósofo – tudo mais não existe: ‘Brontops’ não é um dinossauro, e equivoca-se quem o classifica como autor de ficção científica: se em seus textos há ‘ficção fantástica’, ele (ou alguém) se utiliza do rótulo ‘científica’ talvez para atrair incautos fãs de Star Wars. No fundo, Brontops vale-se do universo fantástico para expor sua desilusão sobre política, religião, moralidades e a (des)necessidade de deus. Há quem se fascine por suas (pré)visões de futuro ou de seus cenários apocalípticos, mas tudo é simulacro para provocar, questionar desde padrões de sexualidade até o desejo de perder-se de si e dos outros. ‘Brontops Baruq’ talvez nem seja homem, mulher, hermafrodita, ruminante ou mutante do transfuturo: deve ser uma invenção, algo que não existe de fato ou só vive no delírio de alguém. Eu o odeio: ele me sentenciou à morte”.

Desvarios à parte, o escritor utiliza todo seu arsenal de forma e de conteúdo recolhido durante anos de mergulho insano nas mais diversas literaturas, inclusive na dos quadrinhos. Os enredos perturbadores nascem não só dos livros lidos e imaginados: eles brotam de uma curiosidade compulsiva, que revira TV, cinema, arte, zoologia, internet e bizarrices.

Brontops, de fato, vai além dos rótulos ou gêneros, ficção científica ou fantástica e, se por acaso se utiliza deles, é para amadurecê-los. Ou corrompê-los. Por isso, o sol grita sobre a cabeça que a literatura está nua. Mas o próprio sol e a cabeça também estão. Assim como Noé igualmente está, mesmo sem ter se embriagado desta vez. E Spock corre nu segurando as orelhas. Não há mais tempo: como o hipopótamo de Brás Cubas, Brontops atravessa os tempos e invade a minha sacada. Não, não é um pesadelo, nem existem emplastos salvadores. Ameaçador, ele me condena ao futuro infinito: prepare-se para viver.
 "