"De uma desgraça morria o hábito de perguntar direções.
“O voo 007 da Korean Air Lines (também conhecido como KAL 007 e KE 007) foi um
voo agendado pelas Linhas Aéreas Coreanas, de Nova Iorque para Seul, via
Anchorage. No dia 1 de setembro de 1983, o aparelho que fazia esse voo foi
abatido por um avião de interceção Sukhoi Su-15 soviético, perto da ilha
Moneron, a oeste da ilha Sakhalin, no mar do Japão. O piloto do intercetor era
o major Gennadi Osipovich. Os 269 passageiros e tripulação a bordo foram todos
mortos, incluindo Lawrence McDonald, representante da Georgia na Câmara dos
Deputados nos EUA. A aeronave estava em rota de Anchorage para Seul quando voou
através de espaço aéreo soviético proibido na mesma altura que se efetuava uma
missão de reconhecimento dos EUA. Inicialmente, a União Soviética negou ter
conhecimento do acidente, mais tarde admitiu o abate, alegando que o aparelho
estava numa missão de espionagem. O Politburo disse que era uma provocação
deliberada dos EUA para testar a preparação militar da União Soviética, ou até
mesmo provocar uma guerra. A Casa Branca acusou a União Soviética de obstruir
as operações de busca e salvamento. (…). O acontecimento foi um dos principais
factos que levaram a administração Reagan a permitir o acesso mundial ao
sistema militar americano GNSS, que era secreto na época. Hoje este sistema é
amplamente conhecido como GPS. (…). O presidente Ronald Reagan anunciou em 16
de setembro de 1983, que o Global Positioning System (GPS) seria
disponibilizado para uso civil de forma gratuita, uma vez concluído, de forma a
evitar erros de navegação semelhantes no futuro. Além disso, o interface do
piloto automático usado nos grandes aviões de passageiros foi modificado para
tornar mais claro se está operando em modo HEADING ou em modo INS.” "
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[1] “Um Boeing 747-230B com o
número de série CN20559/186 e registo HL7442. A aeronave partiu da porta 15 do
aeroporto internacional John F. Kennedy, Nova Iorque, dia 30 de agosto de 1983,
com destino ao aeroporto Gimpo em Gangseo-gu, em Seul, 35 minutos
atrasado do seu horário de partida, as 23:50 EDT. O voo transportava 246
passageiros e 23 tripulantes. Após reabastecimento no aeroporto internacional
de Anchorage, no Alasca, o avião, pilotado nesta etapa da viagem pelo capitão
Chun Byung-in, partiu para Seul pelas 04:00, hora do Alasca, a 31 a agosto.
(…). Cerca de 10 minutos após a descolagem, o KAL 007, voando num rumo de 245
graus, começou a desviar-se para a direita (norte) da sua rota atribuída para
Bethel, e continuou a voar nesta direção nas próximas cinco horas e meia. A
simulação e análise da caixa negra pela Organização Internacional de Aviação
Civil concluiu que este desvio foi provavelmente causado pelo sistema de piloto
automático do aparelho operando em modo HEADING, depois do ponto onde deveria
ter mudado para o modo INS.”
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