Quando a Dani (@dani_rosolen9
) me convidou para ilustrar o livro, ela me pegou de surpresa...
expliquei que minha relação com o desenho sempre foi meio lúdica, temi
assumir algo e não dar conta.
Mas essa Dani é terrível: como eu poderia dizer não?
A
história é encantadora... Me identifiquei muito; que pai gosta de ter
conversas difíceis com os filhos? Conversas para as quais não tem
respostas? Antes, a gente imagina uma coisa (e não há nada errado com
isso); mas filhos são pessoas diferentes de você, diferentes do que você
espera.
Não adianta ensaiar demais. É respirar fundo, escolher um bom momento e torcer para ter feito o melhor.
Às
vezes, a gente precisa dar andamento e torcer para fazer o melhor. É
mais ou menos assim que vejo a paternidade: você vai errar, você vai
acertar, nem tudo está em sua mão.
Esse é o primeiro livro que
ilustro. Prefiro escrever, acho que entendo melhor como uma história
funcionar. Desenhar sempre foi algo lúdico para mim, mas com seus
mistérios. Composição, cores, tamanhos...
Assumi a bronca e passei a
rabiscar os personagens. Acabei descobrindo que o processo de criação
não deixa de ser também uma espécie de processo de CRIANÇÃO: você tem
que deixar sua criança acesa ali, para que tudo flua de forma livre e
divertida.
A Leopoldina era interessante: participava da quase toda a história mas de uma maneira um tanto... parada, digamos. Juliano era mais dinâmico, mais divertido. Tentei fazer o pai e a Vovó Zizi com uma forma bastante marcante, para as crianças identificarem rapidamente.
Depois
de concluir os desenhos, repassei para a Patuá concluir o acabamento e
fazer a colorização. Eu não tinha prática o suficiente no digital e
achei melhor passar isso para quem tinha mais experiência. E foi melhor
assim: o Henrique Lourenço ( @henriqueloren ) fez um trabalho maravilhoso...
Bem,
acho que é isso que eu tinha a dizer sobre o processo de criação de
ilustrar “Morte e Vida Leopoldina”.
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LANÇAMENTO: 08 de OUTUBRO